terça-feira, 10 de novembro de 2009

Novo alinhamento da TI com os negócios

Ao fazer um retrocesso na relação entre TI e Negócios, podemos constatar que esta sempre foi marcada por uma forte interdependência. Se, por um lado, a expansão dos negócios está atrelada a sua capacidade tecnológica, o mesmo pode-se dizer da TI que tem evoluído enormemente graças às demandas cada vez maiores – e urgentes – das organizações.


Nos últimos anos, no entanto, é possível constatar que esta relação esfriou. Muitos são os fatores que explicam esse comportamento. Mas o principal deles é este: os investimentos das organizações sempre direcionados à TI agora são considerados custos.

A coordenadora do Programa de Gestão de Serviços de TI da Dataprev, no Rio de Janeiro, e certificada em ITIL Foundations, Patrícia de Aquino Mendes, explica: “Mesmo não entendendo muito bem o significado daquela ‘caixa preta’, os empresários passaram a investir consideráveis somas nessa promissora área. E assim, e por conseqüência, foi se expandindo o mercado de TI até chegarmos ao ponto em que, em muitos casos, a ‘menina dos olhos’ das organizações assumiu a forma do ‘vilão’ consumidor de recursos”.

Mas o que não se pode perder de vista é que a sobrevivência das empresas está cada vez mais atrelada a gestão de TI. E não é apenas isto. Na opinião de Patrícia Mendes, a TI garante competitividade às organizações, bem como a capacidade da empresa fornecer respostas rápidas que permitam a adaptações a cenários externos em constante mutação. “Em todos estes casos, o uso da tecnologia em todas as suas instâncias é indispensável”, conclui.

O distanciamento entre as áreas de negócios e tecnologia levou muitas empresas a perderem oportunidades de otimizar os resultados dos seus investimentos no setor. É o que afirma o consultor executivo em TI e instrutor do Ietec, Francisco Amaral. “Coube, portanto, a gestão das grandes empresas rever o posicionamento destas áreas”, completa.

Surge, então, a governança de TI que tem a missão de reaproximar e alinha tecnologia de informação e negócios e assegurar a melhor utilização da tecnologia. O desafio é grande, mas não impossível. Uma reformulação na cultura organizacional acompanhada da capacitação do profissional de TI podem garantir um alinhamento perfeito entre negócios e TI.

“É importante que as empresas ampliem a visão sobre a atuação do profissional de TI. Mas é imprescindível que a organização também se reposicione e que as devidas adaptações sejam implementadas”, afirma o analista de negócios da Way TV, Felipe Santos.

Valéria Schaefer, analista de sistema da Novelis do Brasil, complementa: “É necessário que gestores de pequenas e grandes empresas discutam sobre as oportunidades que a TI tem a oferecer aos seus negócios e reconhecê-la como ferramenta estratégica”, recomenda.

Estudo da Forrest Research, realizado em 2007, mostra que as empresas que empregam as melhores práticas em TI possuem performance até 3,5 vezes maior se comparadas às concorrentes. Eficiência que é resultado de posicionamento empresarial, mas, sobretudo, da qualidade técnica e gerencial da área de TI. Em tempos de crise, a tecnologia é, de fato, u grande diferencial.

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