sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Criatividade: o motor da liderança



Para ser um verdadeiro líder, um gerente precisa reunir uma série de características. Não basta apenas ocupar o cargo e deixar claro que é você quem manda na loja e que todos os membros da equipe devem segui-lo por causa da sua "liderança hierárquica". Por conta disso, entre todas as características, nenhuma é tão importante quanto a criatividade. Ela tem dupla função: tanto pode colocar a loja no topo quanto pode ser a saída de emergência para os momentos de crise.

Obviamente, ser criativo depende essencialmente da personalidade, da percepção e da formação do gerente. Não é, contudo, uma característica nata. Ou seja, ainda que alguns demonstrem um talento criativo natural, qualquer profissional pode desenvolver sua criatividade.

Tanto é verdade que muitos profissionais – os gerentes, inclusive – passam pelas famosas crises de criatividade. Como não conseguem "pensar diferente" (princípio básico da criatividade), o gerente emperra sua liderança e pode levar a loja para uma monotonia de alto risco (que desmotiva qualquer um). "A questão da criatividade precisa ser melhor entendida. Não é sinônimo de inventar coisas desrespeitando normas e cada um fazendo o que der vontade. Não é coisa de quem não planeja e precisa improvisar para se sair das situações-problemas. A criatividade precisa ser contextualizada, tendo um olhar atento aos objetivos organizacionais", escreve a psicóloga Lúcia G. Monteiro no artigo "Criatividade: alavanca para o crescimento organizacional".

Ela afirma também que "ser criativo não é negar o pensamento racional, mas sim, partir dele para construir novas equações para os problemas e suas soluções". "É a criatividade que potencializa a inteligência inaugurando novas maneiras de pensar o mesmo e às vezes, velho problema", diz. Por tudo isso, dá para imaginar a encrenca que um gerente pode enfrentar ao "dispersar" seu pensamento criativo? A propósito, é basicamente isso, a dispersão, o que causa uma crise de criatividade. Ela é decorrente tanto de muito trabalho quanto pelo cansaço causado pela falta de incentivo e por uma rotina monótona e sufocante.

Quanto antes identificar esses sintomas, melhor. Mais fácil fica a tarefa de evitar os estragos que a falta de criatividade pode provocar. Em linhas gerais, sem criatividade não é possível inovar. E sem inovar, como uma loja pode se diferenciar das outras? Copiar o que é feito pela concorrência, além de pegar mal entre o público, pode ter um resultado desastroso, porque cada ação depende muito da cultura e do perfil da loja para obter o resultado positivo esperado. Sem inovação, o gerente perde ainda o poder de surpreender e encantar sua equipe de vendas. É como aquele restaurante que repete sempre o mesmo cardápio, o mesmo bife com arroz, salada e batata frita. É preciso ser criativo também para se comunicar, transmitir aquilo que a equipe deve executar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário