terça-feira, 10 de novembro de 2009

Liderança em equipes de tecnologia

Estudo realizado pelo Project Management Institute – PMI, mostra que até julho de 2009 cerca de 50% das iniciativas de implementação de CRM, o sistema de gerenciamento da relação com consumidores, iniciadas neste ano, falharam.

Embora cada uma das iniciativas tenham suas particularidades, a ausência de profissionais qualificados, capazes de avaliar e orientar projetos é bem mais comum do que se imagina. O resultado disto não poderia ser outro: empresas amargam prejuízos.

O tema liderança tem sido cada vez mais explorado nas organizações. Mas, na prática, liderar ainda é um grande desafio para muitos gestores e sua conduta, inevitavelmente, irá impactar na motivação ou desmotivação das equipes, bem como na produtividade e, consequemente, nos resultados.

A mestre em Administração Pessoal e instrutora do Ietec, Margareth Rodrigues Pena, exemplifica um tipo comum de líder nas organizações, o chamado ‘líder não assertivo’: “Geralmente são profissionais com grande competência técnica, mas que apresentam dificuldade em expressar seus sentimentos, dar feedback e dizer não. As limitações do líder não assertivo interferem diretamente no clima do trabalho, gerando ansiedade nas pessoas, e pode abalar até mesmo a relação de confiança do líder com seus liderados”.

No que se refere ao cenário tecnológico, ser líder ganha proporções ainda mais decisivas. “Percebo um certo despreparo dos líderes da área de tecnologias para identificar e avaliar o potencial e o desempenho de suas equipes de trabalho, do ponto de vista comportamental. Esta deficiência acarreta decisões equivocas em relação à gestão da equipe e a retenção de talentos no ambiente corporativo”, explica.

A partir do momento em que empresas passaram a considerar a área de tecnologia, mais especificamente a área de TI, como uma de suas ferramentas mais estratégica, o papel do líder de tecnologia ganhou forte relevância. Desenvolver competências que favoreçam resultados mais eficazes é uma das prioridades que devem ser levadas em conta por profissionais e empresas.

Na avaliação de Margareth Pena, o líder de uma equipe de tecnologia necessita buscar o auto conhecimento, demonstrar equilíbrio emocional, ter senso de oportunidade e que sejam capazes de influenciar pessoas e mobilizar recursos, sejam eles financeiros, humanos ou tecnológicos. Vale destacar que o novo modelo de organização exige cada vez menos profissionais nas equipes. Cabe ao líder, portanto, saber extrair do seu time o melhor desempenho, criando um diferencial de atuação.

A eficiência do líder de TI e os resultados apresentados pela equipe também é uma relação observada pelo coordenador de TI da Delf Engenharia, Christian Luiz Bergamini: “Quando potencializo minhas qualidades sou capaz de auxiliar minha equipe a criar também outras qualidades imprescindíveis para o andamento do nosso trabalho”.

Esta é também a opinião da coordenadora de TI da V&M do Brasil, Maria Aparecida Quintas que acrescenta: “É importante ao líder desenvolver um olhar sobre o que precisa ser melhorado, principalmente no que se refere à atuação das equipes”.

Pesquisa Ietec, realizada em 2008, sobre o uso da metodologia Gestão de Projetos nas organizações (http://www.ietecnet.com.br/pmp/Pesquisa_Seminario_Projetos.pdf)
mostra que o aspecto liderança é valorizado por 77% das empresas consultadas. É também um dos atributos mais deficientes identificados por 24% das organizações.

FONTE:http://www.ietec.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/764

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